Românticas e cosmopolitas, grandiosas e plenas de história, as capitais da Europa Central são destinos que conquistam visitantes de todas as idades e com todos os gostos.
Capelas romanescas, catedrais góticas, palácios barrocos, edifícios Art Noveau, marcos cubistas… chegar a Praga é como abrir um enorme atlas de arquitetura vivo, preservado graças à ausência de danos maiores decorrentes de guerras ou desastres naturais, e reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Há quem jure a pés juntos ser esta a mais bela cidade europeia. Julgamentos à parte, não lhe faltam motivos de visita, seja pela já mencionada arquitetura, pelos típicos cafés, os seus mais de 200 parques e jardins históricos, tendo sido o mais velho fundado ainda na Idade Média, ou a romântica vista para o rio Vltava, que a atravessa.
Embora os destinos da República Checa não se cruzem com os do Danúbio, é este o rio mais importante da Europa Central, com mais de 2800km de extensão que atravessam o continente desde a Floresta Negra, na Alemanha, até ao mar Negro, na Roménia. A sua importância não é apenas geográfica, mas histórica, servindo desde o início dos tempos de rota natural entre as diferentes regiões da Europa. Ainda assim, é pela sua beleza que impressiona os visitantes – beleza que inspirou a criação de uma valsa do austríaco Johan Strauss, “An der schönen blauen Donau “ ou, traduzindo, “O Danúbio Azul”, uma das obras-primas mais conhecidas da música clássica.
Bratislava, a capital da Eslováquia, é uma das cidades que o rio atravessa, com um centro histórico, onde os edifícios barrocos e a pequena Igreja de Santa Isabel (conhecida como “Igreja Azul”), são algumas das principais atrações. Mais turística é Budapeste, cidade húngara nascida da fusão das duas margens do Danúbio: de um lado, Buda, tranquila e aristocrática, com os banhos termais da era Otomana e o antigo Palácio Real ; do outro, Pest, vibrante e irrequieta, onde se descobrem o Parlamento (considerado um dos mais bonitos do mundo), a imponente Basílica de Santo Estevão, a Casa da Ópera e os bairro Judeu – antigo gueto que é hoje uma das zonas mais concorridas da noite na cidade.
Cidades a que os reis chamavam lar
Banhada também pelo Danúbio, Viena, a capital da Áustria, casa de palácios e parques monumentais, berço de Strauss (e morada de Mozart) e da famosa Imperatriz Sissi, é uma cidade cuja grandiosidade se sente em cada olhar, com monumentos como o conjunto do Hofburgo, palácio residência de Inverno da família imperial, a imponente Ópera, ou a Igreja de São Carlo Borromeo, o mais importante monumento barroco de Viena.
Arquitetura e história que pintam um quadro rico, repleto de referências à realeza que nos transportam para tempos antigos e encantadores: assim é a Europa Central.
Deixando para trás os impérios, segue-se o rio à origem: Alemanha. Capital: Berlim. Nome indissociável do muro que outrora dividiu o país em dois, ficando para sempre conhecido como “o muro da vergonha”, destruído em 1989.
Crédito: Milan Heal
O passado não se esquece, não se deve esquecer nunca, mas a cidade é muito mais que esse capítulo, sendo hoje uma capital vanguardista e eclética, que atrai jovens empreendedores de todo o mundo para as suas ruas marcadas por monumentos como a Porta de Branderburgo ou o Reichstag (o parlamento alemão), e, nas proximidades, os palácios de Potsdam, cidade vizinha. Porquê ficar por uma cidade quando há tanto mundo para ver?
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