Morabeza é forma de ser, forma de estar. É a amabilidade das gentes e a morna que embala os dias, são os quilómetros de areia dourada e o Oceano a perder de vista. Uma forma de vida sem tradução, possível apenas de experienciar em Cabo Verde – durante tantos dias quantos se quiser.

É imagem de postal: um mar absurdamente azul sob um céu da mesma cor e quilómetros de areia dourada sem sinal de gente. Mas este é um postal bem real, tornado possível graças à generosa extensão do areal da praia de Santa Mónica, com cerca de 18km (que fazem dela uma das maiores de todo o arquipélago), e à relativa dificuldade de acesso, feito em jipe, moto-quatro ou pick up. A praia é, merecidamente, uma das mais conhecidas da ilha da Boa Vista. O facto de ter sido aqui o lugar de desembarque dos primeiros portugueses a chegar à ilha da Boa Vista é mera curiosidade.

Mas não deixa de ser impressionante imaginar o que terão sentido esses exploradores ao dar de caras com tão deslumbrante cenário. Hoje, são outros os exploradores deste território: visitantes que que procuram as belezas naturais – mais do que os recursos – e tartarugas que escolhem esta praia como lugar de desova, um espetáculo natural que pode ser observado através de visitas guiadas nas noites entre junho e meados de outubro.

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A ilha é a mais próxima do continente africano de todas as que compõem o arquipélago, com um clima quente e seco que se estende por todo o ano, responsável pelo cognome “Ilha das Dunas”, que reflete a paisagem árida. Os passeios de moto-quatro pelo deserto de Viana, no interior da ilha, são uma das atrações mais procuradas pelos turistas, que dali partirão, depois, para experimentar os desportos aquáticos, observar baleias, dependendo da época do ano, ou comer peixe grelhado, acabado de pescar, ao som da morna, a música que terá nascido na Boa Vista. Singularidades de uma ilha única.

Comer peixe grelhado, acabado de pescar, ao som da morna, a música que terá nascido na Boa Vista. Singularidades de uma ilha única.

Imagens de cortar a respiração

Única, também, é a ilha do Sal, cujo nome remete para a indústria que, até ao século XX, lhe dava sustento. Não surpreende, por isso, que as salinas de Pedra Lume sejam um dos lugares mais procurados pelos visitantes que, nesta antiga cratera vulcânica, preenchida por água do mar, podem experimentar a sensação de flutuar nestas águas terapêuticas. Outro lugar de mergulho privilegiado é a Buracona, piscina natural recortada na pedra graças à força do mar, onde se encontra também o fotografadíssimo Olho d’Água – uma caverna subaquática que, ao ser atingida pelo sol, se pinta de um azul impossível.

E depois há a praia, claro. Quilómetros dela, sendo a mais popular a de Santa Maria. E se o vento, um dos mais famosos moradores da ilha, pode ser um pequeno incómodo para alguns, é também uma benção para quem não consegue simplesmente ficar deitado na toalha, a observar as águas mornas e cristalinas, proporcionando condições perfeitas para a prática de desportos como kitesurf e windsurf. Porque a ilha pode ser pequena mas tem encantos para todos os gostos e tamanhos.

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